sábado, 5 de junho de 2010

Porque dançar faz bem...


O título não é uma pergunta. É uma explicação (você logo entenderá).
Todos nós, bichos humanos, somos dotados de agressividade. É um comportamento, que faz parte de nossa afetividade e que se manifesta desde a mais tenra infância até à vida adulta.
A agressividade pode não ser, exatamente, uma expressão de raiva. Ela pode manifestar-se para expressar outros sentimentos como frustração, inferioridade, mágoa, insegurança, ressentimento...
Durante a infância, a criança usa a agressividade para exprimir sua fragilidade, contrariedade, insegurança, seus medos, ou algum outro sentimento para o qual querem a atenção dos pais.
Já na vida adulta, a agressividade está impregnada de reações impulsivas que podem ou não ser intencionais. É muito mais um processo defensivo do que um ataque propriamente dito.
E, para 'ajudar', nos dias atuais, onde impera a competitividade em praticamente todos os setores da vida, é cada vez mais comum mascararmos, escondermos e até suprimirmos nossa agressividade em razão das regras da convivência em sociedade.
O que fazer, então?
Ora, a variável que nos caracteriza - a dita 'humanidade' - nos predispõe ao convívio em comum. Salvo em situações específicas, se você é um bicho humano, está fadado a conviver, coabitar e coexistir com seus semelhantes.
O segredo está em como trabalhar, canalizar e neutralizar esse comportamento, para que não seja prejudicial nem aos outros e nem a nós mesmos.
Daí vem a importância de praticar atividades físicas.
(Você deve estar se perguntando: o que isso tem a ver?).
Provavelmente, em suas várias atividades e relações interpessoais ligadas a elas, você - assim como eu - deve acumular a energia que provém dos atritos, das contrariedades, das frustrações e de tantas outras situações em que reprimimos nossas reações, por educação, respeito ou, simplesmente, bom senso.
Praticar atividade física nos faz gastar essa energia contida, liberar hormônios, tirar o foco das situações incômodas. E ainda nos permite transformar esse monte de 'tranqueira' que acumulamos em capacidade para superar desafios.
Por isso, quando me perguntam como eu consigo conciliar casa, trabalho e estudo e ainda arrumar tempo para praticar uma dança, eu respondo: porque dançar faz bem...
Dançar é a minha válvula de escape. É a maneira que encontrei - porque adoro dançar - de descarregar a energia acumulada pela agressividade não manifesta, focar em algo que me dá prazer , reequilibrar os níveis hormonais e, principalmente renovar as forças e o ânimo para continuar a conviver, coabitar e coexistir com meus irmãozinhos bichos humanos.
Encontre a sua válvula de escape.


Referências de apoio:

CORSINI, Cristina Felipe. 'É agressivo' ou 'está agressivo?' Eis a questão. Disponível em http://www.saudevidaonline.com.br/agres.htm

ROSSI, Ana Maria. A agressividade e suas consequências. Disponível em http://www.drashshirleydecampos.com.br/noticias/3724

Portal Mundo Educação. Agressividade. Disponível em http://www.mundoducacao.com.br/psicologia/agressividade.htm

Um comentário:

  1. well, well, well.... temos aqui um artigo multidisciplinar! ahammmm.. Entendo que este seja um tema bastante afeto aos educadores físicos - a autora me perdoe por favor! Assim, acho que na bibliografia, ficou faltando alguma referência a área! Mas o artigo esta muito bom!

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