quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sorry

Atenção, senhores passageiros: Faculdade sugando tempo e energia...
Lamento pela ausência.
Assim que a turbulência psicológica terminar, voltaremos com nossa programação normal.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Testemunha ocular: Justa proporção

Já leu daquelas correntes, que giram pela internet e que contam que o Fulano foi destratado pelo Ciclano, que havia sido destratado por Beltrano, que havia sido destratado pela esposa, etc, etc, etc, e versam sobre “quebrar o circulo do ódio”?

Dia desses, fui testemunha de que realmente é possível.

Horário de almoço, saí do trabalho com a incumbência de resolver mais coisas que o espaço de 1 hora comporta – tarefas das mais agradáveis: banco, exames médicos, plano de saúde... Estava apenas com a carteira e o aparelho celular na mão (nessas ocasiões, uma bolsa de mulher, repleta de itens, só atrapalha).

E sabe quando tudo o que você planeja não acontece exatamente como você gostaria? Pois é. Além de correr contra o relógio, deparei-me com alguns contratempos e nem todas as incumbências foram resolvidas, principalmente porque, para resolvê-las, era imprescindível a interação com outro ser da minha espécie (o ser humano, conhece?), o que nem sempre é sinônimo de entendimento.

Estava irritada, frustrada e mal-humorada quando cheguei à minha última parada: agência bancária.

Como boa cidadã, coloquei o celular na caixa de objetos metálicos que possibilitam acionar o detector de metais e, por conseqüência, travar a porta giratória. E eis que, mesmo assim, a porta travou.

Respirei fundo e já me dirigia ‘para trás da linha amarela’, quando o segurança do banco pediu que me aproximasse da porta de novo. Com um humor e simplicidade quase inatingíveis, me disse: “Você tem que tomar mais cuidado. Essa porta trava por causa do ‘detector de beleza’.”
(Cara de espanto...)

Numa fração de milésimos de segundo, meu cérebro arquitetou duas possibilidades:

1. Do alto da minha frustração e irritação, eu poderia tomar o elogio como uma brincadeira de mal gosto, responder com uma grosseria e perpetuar o tal círculo do ódio, contaminando o pobre segurança, OU
2. Eu poderia aceitar a brincadeira, levar na esportiva, me deixar ser contaminada pelo bom humor do rapaz e quebrar ali a continuidade do tal círculo.

Optei pela segunda possibilidade. Respondi, sorrindo, que a porta deveria estar com defeito por ter travado justo comigo e entrei na agência, ainda sorrindo, mais serena e menos tensa do que estava.

E não me arrependo. Muito mais que deixar de perpetuar o círculo do ódio e de descarregar no outro as minhas frustrações, quando optei por deixar de focar a atenção na irritação e mau-humor que eu estava sentindo e em tudo que não consegui resolver e me propus encarar a brincadeira da melhor maneira possível, fiz um bem à mim mesma.

Provavelmente, serotonina, dopamina e noradrenalina (hormônios relacionados ao humor), que antes se engalfinhavam, puderam se acalmar, propiciando uma boa calmaria e permitindo umas boas gargalhadas.

O que seria de nós, reles seres humanos mal-humorados, não fossem essas criaturas providas de um bem-estar emocional de fazer inveja?

E viva o bom-humor!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Breve reflexão



"Não há nada nessa vida, por mais trágico que possa nos parecer, que não esteja prenhe de motivos e ensinamentos que nos tornarão melhores".


(MELO, Fabio de. Quando o sofrimento bater à sua porta. São Paulo: Editora Canção Nova: 2008)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Breve reflexão


"Os seres humanos são pessoas muito estranhas e até absurdas."

(HERRMANN, Fabio. O que é psicanálise. São Paulo: Brasiliense, 1995)

domingo, 9 de maio de 2010

Aproveitando o ensejo...

Escrever sobre o Dia das Mães não é tarefa lá muito fácil.
Tirando o lado materialista e consumista da comemoração, o que realmente comemoramos?
Neste dia, mães de todos os biotipos, temperamentos e personalidades escutam de seus filhos o já tão banalizado "eu te amo".
Não duvido que se ame realmente. Mas, por que só neste dia?
Por que demonstrar afeto, carinho e gratidão somente num domingo de maio?
Não consideremos aqui, neste momento, dúvidas e questões que normalmente levantamos quando se tem uma mãe que não é tão mãe assim quanto prega a moral e os costumes da sociedade. E, muito menos, as questões que envolvem o grau de desejo ou planejamento da gravidez.
Vamos focar no que acontece com toda mãe quando o sujeitinho denominado filho ainda está em seu ventre.
A gama de alterações físicas, psicológicas e emocionais é extraordinária. E o pior é que, por falta de acesso à literatura que trate do tema ou por falta de auto-conhecimento, nem sempre o radar da futura mamãe reconhece os sinais dessas alterações.
Do momento da confirmação da gravidez, passando pelo parto e os primeiros meses depois do nascimento, é um festival de hormônios, de estados emocionais, de desconfortos, de dúvidas, medos, ansiedade... E a oscilação em todos esses aspectos também é um espetáculo à parte - que o digam os maridos-futuros-papais.
Você já parou para pensar o que é enjoar e vomitar durante, aproximadamente, 3 meses seguidos? E sobre o aumento do apetite? Barriga crescendo, pernas e pés inchados, dores na coluna, dificuldade na respiração? Ja pensou no quanto coisas corriqueiras como andar, deitar-se na cama ou sentar-se numa cadeira (e levantar depois!) se tornam tarefa árdua?
Emocionalmente falando, já se imaginou partir da euforia para a tristeza em instantes e, na maioria das vezes, sem motivo aparente? Oscilar entre a extrema sensibilidade e a mais terrível irritação sem conseguir definir, ao certo, o que está sentindo e nem identificar o porquê?
Partindo para o lado psicológico da coisa, é medo de tudo o que se possa imaginar: de cair e prejudicar a gravidez, de engordar e não voltar ao peso, de como vai ficar a relação durante e depois da gravidez, de não dar conta de cuidar do filho, de não conseguir amamentar, do momento do parto, se a criança vai nascer saudável, e por aí vai... E as angústias, conflitos internos e dúvidas que todos esses temores causam, fazem da mamãe uma verdadeira miscelânea emocional.
E, para agravar (ou seria melhorar?) parte de toda essa confusão vai permanecer com a mamãe em toda a sua jornada.
É... Mãe é muito mais que trocar fralda e amamentar. Muito mais que levar na escola, ensinar a comer com talher e passar a noite em claro quando o filho está 'dodói'.
Mãe não é um ser divino.
Mãe sente raiva, se decepciona, tem fraquezas. É insegura, sente medo, tem dúvidas, defeitos.
Mãe tem vontade de largar tudo pro alto e desistir.
Mãe chora. Mãe se acha feia, se acha gorda, fica insatisfeita.
Mãe fica carente - seja de um abraço ou de um bom 'amasso" (sim, mãe também faz sexo!)
Mas também, mãe tem desejos, sonhos, planos, anseios. Ri, se orgulha, acredita. Suporta, ensina, apóia, luta junto. Se prontifica, se dedica, incentiva.
Realmente, mãe é tudo igual mesmo. Igual a cada um de nós.
E merece muito mais que 1 dia de demonstração de afeto e carinho. Merece, principalmente, reconhecimento!
Ah! Você pode estar se perguntando: "por que uma postagem quase no fim do dia?"
A resposta é óbvia, não?
Passei o dia com MINHA MAMÃE!

Feliz Dia das Mães!


*Bibliografia de apoio:
MALDONADO, Maria Tereza. Psicolgia da Gravidez. São Paulo: Saraiva, 1997.

sábado, 8 de maio de 2010

Inauguração

Well, well, well...
Não é nenhum dia específico, nem significativo, mas hoje é o dia.
Declaro oficialmente inaugurado o Blog "Doutora em construção".
A doutora sou eu. E em construção porque estou cursando Psicologia (se bem que o intuito é não parar depois de formada...).
Tanto eu, quanto este espaço estaremos sempre em construção.
A intenção é compartilhar com vocês o dia-a-dia, as coisas e acontecimentos rotineiros da vida, à luz do saber da Psicologia.
Espero poder colaborar e aguardo sugestões.